segunda-feira, maio 16, 2005

Análise de livros

- ... e de facto este livro é, para mim, um dos melhores livros escritos para a idade da adolescência.
- E acha que também é aconselhável a pessoas mais idosas?
- Para mim, a noção de pessoa velha ou nova só se aplica às pessoas vulgares. Todos os seres humanos mais dotados e diferenciados são ora velhos ora novos, do mesmo modo que ora são tristes ora alegres. É coisa dos mais velhos lidar mais livre, mais jovialmente, com maior experiência e benevolência com a própria capacidade de amar do que os jovens. Os mais idosos aprecam-se sempre a achar os jovens como precoces demasiado velhos para a idade, mas são ele próprios que gostam de imitar os comportamentos e maneiras da juventude. A idade só perde valor quando quer fingir ser juventude.
- Que reflexão magnífica. Onde é que recorre para encontrar toda essa inspiração professor?
- Ãh? Estava só a ler esta capa em voz alta! Eu não fiz nada! Olhe que eu sei quem você é! Eu sei onde mora... Deixe-me em paz!
- Mas, professor, não! Você disse uma coisa maravilhosa. Uma das citações mais explêndidas que já ouvi.
- Ah! Ah foi?! Claro que foi. Estava só a meter-me consigo... Apanhei-a.

Agora sei de onde é que alguns ditos "intelectuais" vão buscar a sua inspiração... Dizem tudo por engano.